Deserto



No meu deserto interior não tem pegadas
Calor escaldante que derrete a pele no dia
Frio que retelha e congela a alma a noite
Sem oasis, sem miragem, sem ilusão
Areia fina que engole o transeunde fadado a morte,
Cercado pela escarses de vida, seco, oco, deserto morto
Perdido procuro, mas vida não há
Só lembranças vagas de bonanza de alegria, hoje só casca vazia, sem alma
Deserto degradante com céu sem estrelas para guiar
Perdido dentro de mim não me encontro
Frio, calor, medo, dor
Me sinto visitante em mim, mal quisto, indesejado
Não vou me entregar ao adverso, vou mudar o ritmo do verso
Curar a ferida que incomoda, meus sentidos não me permitem desistir
Em meio ao vazio me encontro em mim
Sei quem sou, sei o que sou
Não me deixo esquecer o que quero fazer
E o valor que tenho a esperança que brilha
Sou rosa dos ventos que orienta, sou carinho, sou oportunidade
Sou eu, o que sou! Com muito há evoluir o que mudar
Enquanto isso terei, paciência, me entender, acalmar
Me respeitar... Tenho que verdadeiramente, me encontrar nesse deserto e continuar a caminhar.


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