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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Anjo

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Pobre fugitivo, corre dos demônios e fantasmas Que perturbam o eu, que vasculham a alma Incitam o seu mal, diabo atormentado Não vê que fuga é em vão Lutador vivaz, de brio e honra De arma em punho, espirito entregue De pés na terra e cabeça no céu Guerreiro fundido as sombras, em busca da luz Andarilho errante, carrega o dom da morte, Da destruição e da criação Transita por mundos A procura de um encontro intimo Vitima da maldade daqueles que o inspira Cegos na sua ignorância, afogados em preconceito Fugitivo, corre em vão  Sempre alcançado por seu tormento Grita a dor de ser o que não quer Aflição que reside no ventre Monstro ávido por sangue, escravo da violência contraditório em sua busca por paz E quietude no coração. 

Homo Sapiens

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O gênero já não importa mais O pronome é indefinido, pessoas, o ser, humano! Que nem sempre é ser e as vezes é humano Mas sempre é ser humano na sua energia No emanar da aura  Disritmia de sensações Caminhos que se encontram, percorridos Independente de credos, culturas, valores ou classes Gênero é o de menos, quero o ser Admirar a essência do existir que aflora no centro do que entendemos como nós Tudo e nada, ciclo simples que guarda As respostas par as perguntas mais intimas Complexo sistema que no auge da complicação Dar-se conta que o ser simples é humano Porem o humano insiste ignorar o simples Ele ou ela, pessoas, energias que atraem aquilo que admiram Opostos? Não... Iguais! Se encostam, tocam, provocam Exposição ao mostrar danos causados pelo simples fato de ser, o ser que é. Remanejamento de sentimentos Sem gênero, só ser Humano.

Vadio

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Ao encontro do sol Olhar no horizonte, sol a cair Se por, como trabalhador após  Longo dia de trabalho buscando o descanso Após seu exaustiva jornada Parto ao seu encontro, solidário a sua fraqueza Hipnotizado pelo brilho brando de teus raios Ir, mas não chegar Pois a rapidez de seu desmaio e maior que meus passos curtos Desolado, caio nos braços da lua Que acaricia meu rosto e  Afaga meu corpo com seu brilho sedutor Acompanhado pelas estrelas, sou boêmio A fadiga vai embora e me lanço poderoso Coberto pelo véu da noite que se rasga  No chegar da madrugada Inebriado pelos perfumes, enlevado pelos sabores, Entusiasmado pelos desejos, vejo as notas musicais Flutuando ao meu redor em singela sinfonia Malandro trabalhado em terno e linho Com chapéu de lado e sapato lustrado Vou! Boêmio embriagado na noite a dançar e cantar Em meio aos corpos que seguem na mesma direção Nessa ópera cotidiana, recitada no simples Flagro no horizonte o adeus da querida madrugada Leva

Desgelo

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Neve branca em pele negra Tinge, mescla monocromática, poética Como os filmes antigos de amores calados O frio! Elemento que pincela o momento Não vence o abraço da lareira Nem o doce toque do vinho O tapete macio é cama que recepciona Nossos corpos que se tocam produzindo calor Condução de sentimentos, atribuindo valor a ação sexual Neve cai... Brisa gélida paira  Tenta, mas não nos alcança Nus aquecemos, alimentamos a chama do animo vivido Do querer, delírio!

Artista

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Segue por teus devaneios reais Enquanto vivo minha realidade alternativa Impulsionado pelo lúdico Entregue ao dia-a-dia de sonhos acordado Disposta as oportunidades Louco? Sempre, nessa sociedade de hipócritas normais Então, acredito num desatino normal de ser um Insano in Natura.

Tu

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Vai, leva tua presença Me deixa com a saudade Pois esta, não me abandona Como covardemente Tu fizeste!

Nós

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Não sai de mim Me pego a circundar Invento ações, ocupações Prazeres, atribuições E estas sempre aqui Povoando meus pensamentos Visitando minhas recordações Senhora do meu melhor Habitante ilustre do meu coração Sem metáforas nem mistérios Sem subterfúgios ou ocultar Não escolhi sentir E sem problemas em assumir Amo te!

Chances

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Conserva no coração Pois na sombra do teu olhar não cairá mais sobre o corpo Leva em teus pensamentos Pois teus braços serão  curtos para alcançar tal distancia Visita em teus sonhos Pois o perfume prazeroso que exala ao chegar não mais encontrará teus sentidos Manifesta no teu sorriso a satisfação de estar Pois a oportunidade de dizer: TE AMO,  Já não encontrará Eterniza com um beijo Pois nos braços do Anjo da Morte Foi levado sem a chance de dizer, ADEUS.

Interno

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Lagrima no canto do olho, pronta para escorrer Reflexo de uma aflição que insiste em aparecer De olhos fechados para intuir o melancólico caminho ao centro do se Como numa floresta de mata densa, se perde em meio A angustias e desejos ardentes, despedidas e  Expectativas mal resolvidas. Individuo agarrado ao isolamento Único consolo e algoz da destruição. Mergulho em água escura, apneia descuidada Esbornia noite a dentro, madrugada desvairada Lixo revirado, odor que toma atmosfera pesada de medo, Mágoa, sensação aguda que incomoda Sinistro quarto escuro onde a criança  Padece com resignação por não poder crescer Curtido em caldo grosso da saliva que afoga a pureza de ser, O Eu Adulto busca preservação da essência, coragem para continuação Olhos fechados sem sentido Falta percepção, não sente que o simples É o desenlace. 

Raro

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Moeda, forjada em dois lados distintos Faces do mesmo objeto Não se apresentam ao mesmo tempo Energias contrarias que formam o mesmo ser O que prevalece? Sorriso ou choro? Bem ou mal? Mau ou bom? Moeda, duas faces, cara e coroa sem real valor Sozinhas ninguém, juntas alguém Mas quem? O justo honesto? Ou o patife indigesto? Como dosar? Num roupante de lucidez, a solução Ser um vinil raro com dois lados De qualidade, cada um no seu lado mas de musicalidade e frequência igual Que em soma faz o raro Sim, como uma fita cassete de valor inestimável Que faz dos lados A e B, arte no apertar do Play Simples assim, trocar ser metal por ser música Extrair na totalidade o melhor de ser O melhor do ser. Retratar em poesia a beleza do sofrer Escrever  em prosa e verso a dor do amar Deixar se ser rascunho para se tornar Obra completa, complexa Tomada por desejo e inspiração para Criar e recriar.

Mudanças

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Sol, acompanhado de um céu Azul, tudo brilha Sabor realçado pelo tempero Salpicado no momento Calor energiza, alimenta, contagia Alquimia diária que muda o triste Confirma feliz dadiva de viver Fotossíntese, que do ar Corre clorofila verde viva. 

Encontros

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Expressões, experiências, Estampa de momentos, emoções Recompensado com a lagrima sincera do homem Raro, valoroso, que admira, sente, aplaude Sensibilidade nua, amostra Elos de corrente, complemento Destinos que se cruzam e convergem Culminam em roupantes únicos Experiência que preenche o vazio da mesmice a tolice do ócio Juntos, formam uma via láctea harmônica Livre, sincero ao fazer e ao mostrar Restaura a crença no bom, pincela o belo Traz o prazer pela posse do bem imaginário Materializado em admiração respeito e lagrimas Atenção regida pelas leis da natureza Balança equilibrada num universo sublime Nas relações enter os que vivem Respeitam e são Arte.