Anjo

Pobre fugitivo, corre dos demônios e fantasmas
Que perturbam o eu, que vasculham a alma
Incitam o seu mal, diabo atormentado
Não vê que fuga é em vão
Lutador vivaz, de brio e honra
De arma em punho, espirito entregue
De pés na terra e cabeça no céu
Guerreiro fundido as sombras, em busca da luz
Andarilho errante, carrega o dom da morte,
Da destruição e da criação
Transita por mundos
A procura de um encontro intimo
Vitima da maldade daqueles que o inspira
Cegos na sua ignorância, afogados em preconceito
Fugitivo, corre em vão 
Sempre alcançado por seu tormento
Grita a dor de ser o que não quer
Aflição que reside no ventre
Monstro ávido por sangue, escravo da violência
contraditório em sua busca por paz
E quietude no coração. 



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