Babilônia

É natural
Invadir um espaço
Que e seu por direito
Que o homem tomou
E jogou para o alto
Encarcerou a natureza em prisão de concreto e asfalto
Terra da garoa
Que quando trovão ecoa
 Anuncia o estopim
 Bueiro entupido
 Mundo caindo
 Água subindo
Enchente sem fim
Em meio a fios De "gatos" sobrevivem os ratos
 Que ditam regras e leis
 Que engana o pobre e beneficia
 O burguês
Terra de ninguém
Que todo alguém quer chegar
Pobre diabo, iludido coitado Não sabe o que valorizar
O que valorizar?
A experiência que a vida te traz?
A educação que a família te da?
O diploma que é de fácil comércio?
Ou o saber de quem tem a mostrar?
 Metal, vintém, réis, tostam
 Todos olham seu bolso
Não o teu coração
Cidade nua, fria
Natureza invadida
Estuprada e ferida
Pela ganância dos que só
Pensam em poder
 Não pensam em que futuro vai ter
O que não terá o prazer
De no chão de terra pisar
Dos que não verão no céu
Um arco iria pintar
 Os que não enxergarão a beleza
Só iram pensar no ouro ganhar
Pobre diabo, iludido coitado! Perdido, sozinho, escondido, calado...


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