Memórias

Corte de navalha afiada
Na pele fraca
Tatuagem gravada na pele fina
Tez sensível violada
Virgem pano branco
Tingindo com magenta sangue
Que escorre do corpo
Misturado ao suor
Proveniente da dor
Chagas abertas expostas
Que purifica o espirito
E apodrece a carne
Corte de faca amolada
Punhal forjado em ferro quente
Atravessa as entranhas
Sem compaixão e nem piedade
Jogado no beco escuro
Como um cão moribundo
Junta-se aos seus detritos
Resto do que já foi alguém
Hoje, só um fragmento de lembrança
Que foi esquecida
Cicatriz que foi ferida
E sempre traz a dor ao ser.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Respirar, cuidar, seguir

Atemporal